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Cuidado, Eventos Acadêmicos, Maternidades, RAFeCT, Todos - Atividades, Todos - Notas

Carta proposta sobre participação de crianças na XV RAM

A participação de mães, pais e responsáveis em congressos científicos ainda enfrenta obstáculos quando o cuidado com as crianças não é devidamente previsto na organização dos eventos. A Rede Latinoamericana de Antropologia Feminista das Ciências e Tecnologias (RAFeCT) elaborou uma carta dirigida à Comissão Organizadora da XV Reunião de Antropologia do Mercosul (RAM), apontando falhas na estrutura oferecida para acolhimento infantil e apresentando recomendações para que, nas próximas edições, sejam construídos espaços de cuidado mais inclusivos, planejados e acessíveis. Desejamos que esta carta circule amplamente e auxiliem outros congressos nos seus planejamentos. A iniciativa dialoga com um movimento mais amplo, já presente em outras conferências no Brasil e no mundo, de reconhecer a parentalidade como parte da vida acadêmica e de garantir condições equitativas de participação para pesquisadoras e pesquisadores com filhos/as. Segue abaixo a carta encaminhada dia 13 de agosto de 2025 para a assembléia da XV RAM:     Prezadas/os organizadoras/res da XV RAM,   A Rede Latinoamericana de Antropologia Feminista das Ciências e Tecnologias (RAFeCT) apresenta esta carta de recomendações à Comissão Organizadora da XV RAM como forma de chamar atenção para falhas que ocorreram na organização do espaço dedicado ao acolhimento das crianças durante o evento, e ao mesmo tempo abrir caminho de diálogo para que em futuras edições da RAM, essa atividade receba melhor planejamento e atenção. No Brasil, a discussão sobre parentalidade no meio acadêmico vem se desenvolvendo a partir de pesquisas e debates, em diferentes áreas, há pelo menos dez anos, pelo menos desde a instituição do Parent in Science, grupo brasileiro que já realizou diversas pesquisas e publicações referente aos impactos da maternidade na produção científica de mulheres mães. Ao longo deste tempo alguns avanços foram realizados, como a inclusão do tempo de licença maternidade no currículo Lattes de pesquisadoras brasileiras, criação de editais de pesquisa voltados para pesquisadoras mães, aumento do tempo de avaliação da produção acadêmica em editais de importantes agências de fomento em todo país, incluindo o CNPq. Algumas agências de fomento tem previsto verba para esses espaços em seus editais de apoio a eventos científicos, reconhecendo a pertinência de tal demanda frente aos novos arranjos familiares e de cuidado que faz com que muitas pesquisadoras e pesquisadores tenham que levar seus filhos/as a eventos científicos.  Sabemos que apesar de um cenário mais favorável para esse tipo de demanda hoje, ainda enfrentamos desafios em sua concretização, uma vez que o cuidado de crianças implica uma série de responsabilidades. Porém, com articulação antecipada, diálogo com a comunidade e previsibilidade podemos ter exemplos exitosos de atividades para crianças em congressos, como os que vem acontecendo há pelo menos uma década na organização da Reunião Brasileira de Antropologia que, na última edição contou com espaço bastante eficaz para receber crianças, em toda sua diversidade, e em consonância com as atividades do congresso. Abaixo apontamos os problemas principais identificados na organização do espaço para crianças na RAM e na sequência tecemos recomendações pensando os próximos eventos: Não foi criada uma comissão específica para organizar a atividade, ou pelo menos ela não consta no site do evento. É preciso ter uma comissão específica para tal, uma vez que tal atividade demanda uma série de articulações com a instituição que irá sediar o evento, como a busca por um espaço adequado para crianças.  O levantamento da demanda foi feito em curto espaço de tempo para pensar as atividades e avisado tempestivamente aos responsáveis, faltando 5 dias para início do evento. Apenas no dia 06/06 a organização do evento encaminhou formulário para levantar a demanda de congressistas que precisassem de local de apoio para suas crianças, com prazo de retorno até 30/06. Porém, a confirmação de que tal atividade existiria, de fato, só foi feita em 30/07, ainda dando prazo até 02/08, ou seja, há 2 dias do inicio do evento, para nova confirmação.  3. A mensagem enviada em 30/07 coloca uma série de exigências que impedem ou excluem crianças. O limite de idade é comum nesses espaços que não recebem bebês, trabalhando geralmente com crianças entre 3 e 12 anos. Porém, no evento da RAM foram feitas exigências adicionais como a de que os responsáveis estejam disponíveis a cada 2 horas para checar necessidades de alimentação e higiene das crianças. Crianças com deficiência foram automaticamente excluídas dessa proposta, pois elas podem necessitar de apoio para questões mais simples como locomover-se no ambiente, para serem incluídas nas atividades, e em momento algum isso foi pensado dentro da proposta sugerida, o que nos choca considerando tratar-se de um evento de antropologia, disciplina que sempre defendeu a valorização da diversidade humana. Mesmo crianças pequenas desfraldadas e sem deficiência podem precisar de auxílio para ir ao banheiro. O horário de início e término das atividades das crianças se choca com o das atividades do congresso. Para responsáveis que estão coordenando atividades, apresentando trabalhos, torna-se inviável o horário sugerido, pois irá gerar atrasos consideráveis ao incluir o tempo de deslocamento entre o local onde ficarão as crianças (não informado no comunicado do dia 30/07), e o local de suas atividades (informado no dia 01/08).    Diante desse cenário, trazemos abaixo recomendações para futuras edições da RAM no que diz respeito a organização de espaços para crianças:   Estabelecer, no mesmo momento de definição das comissões que organizarão o evento, uma comissão responsável por organizar o espaço para as crianças. Essa comissão deverá indicar as necessidades previstas de espaço/atividades, mapear editais que possam ser uteis neste sentido, conversar com a direção de cursos da universidade que sedia o evento para construir apoios internos e/ou buscar empresas que fazem tal serviço, mapear a demanda e elaborar planilha de custos. A RBA tem expertise sobre o tema que pode ser consultada. Organizar o horário de início e término das atividades das crianças de modo a não se chocar com início e término das atividades do congresso. O tempo maior dependerá de onde estará localizado o espaço onde ficam as crianças, podendo ficar entre 15/20 minutos antes da atividade do congresso, e 15/20 minutos

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Maternidades, RAFeCT, Todos - Atividades, Todos - Notas, Universidade

Como está sendo aplicada a política de inclusão de mães pesquisadoras no CNPq?

Em junho de 2025, após a publicação do resultado do edital das bolsas de produtividade em pesquisa pelo CNPq, encaminhamos um pedido à ABA (Associação Brasileira de Antropologia), que representa a comunidade de antropólogas pesquisadoras, para que solicitasse ao CNPq esclarecimentos sobre a aplicação da política de inclusão de mães pesquisadoras na avaliação de propostas de bolsa PQ. Queríamos saber se foram considerados os dois anos de licença maternidade dos processos avaliativos. Veja o ofício encaminhado aqui.  Ainda em junho recebemos, através da ABA, essa mensagem da Coordenação do Programa de Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas e Educação.   Prezada Senhora Luciana de Oliveira Dias, A respeito do Ofício nº 024/2025/ABA , datado de 05 de Junho de 2025 endereçado à Presidência do CNPq e aos membros do Comitê Assessor da área de Antropologia, informamos que o assunto está sendo tratado, entretanto como estamos em período de finalização de Chamadas, o que demanda grande trabalho não só do CNPq, mas também do Comitê Assessor, a resposta deverá ser encaminhada com um pouco mais de demora do que gostaríamos. Certos de contarmos com sua compreensão, permanecemos à disposição para prestar quaisquer outros esclarecimentos que se façam necessários. Atenciosamente,  XXXXX   Estamos na segunda metade de agosto e até o momento, nenhuma resposta foi dada aos questionamentos encaminhados, que explicitamos mais abaixo. Além disso, o resultado final da chamada foi publicado. A falta de resposta e a publicação do resultado final parece indicar que não há interesse em garantir a aplicação da política. Nossas perguntas foram as seguintes: Será que a política foi, de fato, aplicada? Como? Quantas mães pesquisadoras foram contempladas com a bolsa? As informações sobre maternidade foram observadas pelas/os pareceristas? A exclusão de mães pesquisadoras dos processos competitivos é uma realidade estabilizada, que escancara a herança patriarcal e misógina nos processos científicos em várias escalas.  Desconsiderar o tempo trabalhoso de cuidado com a reprodução da vida, desempenhado pelas mães pesquisadoras, muitas vezes com redes de apoio muito frágeis, é contribuir para a criação de uma ciência desconectada dos processos vitais, amorosos e sensíveis que fazem a vida humana valer a pena.  Exigimos que a resposta ao pedido seja encaminhada com a urgência e a importância que a discussão merece.    ***   Prezada Sra. Presidenta da Associação Brasileira de Antropologia. Profa. Dra. Luciana de Oliveira Dias Nós, da Rede Latinoamericana de Antropologia Feminista das Ciências e das Tecnologias (RAFeCT), gostaríamos de solicitar vossa mediação junto à Sub-área de Antropologia do Comitê de Assessoramento de Ciências Sociais do CNPq, e ao próprio CNPq, para encaminhar alguns questionamentos sobre a aplicação de mecanismos relacionados à política de inclusão de mães pesquisadoras na avaliação de propostas de bolsa PQ do CNPq, chamada 18/2024, tendo em vista o monitoramento da efetividade dessa política.   Considerando a chamada 18/2024 do CNPq, que cria o dispositivo de inclusão de dois anos na análise da produção de mães pesquisadoras que tiveram parto durante o tempo considerado na avaliação, e a lei nº 475/2024 aprovada pelo senado federal que proíbe a discriminação de mães em processos seletivos, apresentamos os seguintes questionamentos: 1) O CNPq e o CA-CS (Antropologia) do CNPq explicitaram a informação do currículo lattes sobre a data da licença maternidade das proponentes para pareceristas? E como isso foi feito? 2) O CNPq e o CA-CS (Antropologia) orientaram pareceristas quanto à aplicação dos dois anos a mais na contagem da produção acadêmica? E como foi feita essa orientação? 3) Quantas mães pesquisadoras submeteram propostas à chamada 18/2024 e quantas foram aprovadas dentro do quadro de bolsas da área de antropologia? 4) Que outros mecanismos o CNPq e o CA-CS (Antropologia) criaram para estimular, apoiar ou viabilizar a participação de mães pesquisadoras na carreira de pesquisa PQ do CNPq e reduzir as desigualdades relacionadas à condição de maternidade/parentalidade? Agradecemos e aguardamos coletivamente o envio das respostas.   RAFeCT Rede Latinoamericana de Antropologia Feminista das Ciências e das Tecnologias https://rafect.labjor.unicamp.br/       Créditos da imagem em destaque: divulgação CNPQ

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Eventos Acadêmicos, Todos - Atividades

XV RAM – Confira a participação das integrantes da RAFeCT

A XV Reunião de Antropologia do Mercosul (RAM) já está chegando! A reunião vai acontecer na UFBA, em Salvador, Bahia, durante os dias 04 e 08 de agosto. Confira abaixo as atividades que contarão com a participação de pesquisadoras integrantes da RAFeCT!   PARTICIPAÇÃO EM MESA REDONDA   Dia 05/08/25 às 10h45   MR19: Bastidores da Pesquisa Antropológica: confrontos, segredos, rupturas e desafios de controle Coordenador(a): Lara Denise Oliveira Silva (UEVA) Palestrante: Ana Clara Sousa Damásio dos Santos (UnB), Antonela dos Santos (Universidad de Buenos Aires)   MR51 – Justiça reprodutiva: desafios interseccionais nas ciências sociais Elaine Reis Brandão (IESC-UFRJ/PPGAS-UnB), Laura Lowenkron (UERJ), Marjorie Murray (PUC Chile), Silvia Guimarães (Unb), Emanuelle Freitas Goes (CIDACS/Fiocruz-Ba)   Dia 07/08/25 às 9h   MR23 – Cenários de parto e nascimento a partir da antropologia da saúde Coordenador(a): Débora Allebrandt (UFAL/UNB) Debatedor(a): Débora Allebrandt (UFAL/UNB) Palestrante: Stephania Gonçalves Klujsza (UFF), Raquel Lustosa da Costa Alves (UFPE), Natalia Magnone Alemán (DTS FCS Udelar)   MR30 – Cuidados em Saúde e Gestão do Tempo: doenças de longa duração e os efeitos da espera Coordenadora: Waleska Aureliano (UERJ) Palestrante: Alexandra Obach (Universidad del Desarrollo), Carlos Guilherme Octaviano do Valle (UFRN), Martha Cristina Nunes Moreira (IFF/FIOCRUZ)   Dia 07/08/25 às 10h45   MR31 – Desigualdades em Saúde: experiências de precarização e resistência de populações vulnerabilizadas em contextos de saúde brasileiros e chilenos Coordenador(a): Uliana Gomes da Silva (UFPB (Nean Oju Obá)) Palestrante: Geissy dos Reis Ferreira de Oliveira (PPGA-UFPB (Nean Oju Obá)), Maria Sol Anigstein (Universidad de chile), Lauriana de Sousa Barros (UFMA)   Dia 08/08/25 às 9h   MR62 -Pesquisas antropológicas com o WhatsApp Lorena Mochel (UFRRJ), Carolina Parreiras (USP), Liana Santos de Carvalho (UERJ), David Baião Nemer (University of Virginia), Lorena Mochel (UFRRJ) (   Dia 08/08/25 às 10h45   MR61 – Pesquisa e redes sociais em tempos de TechBros e Tecnofacismos: perspectivas feministas Coordenador(a): Daniela Tonelli Manica (Unicamp) Debatedor(a): Josemira Silva Reis (Gig@/UFBA) Palestrante: Clarissa Reche Nunes da Costa (Unicamp), Larissa Maués Pelúcio Silva (Unesp), Andrea Torricella (UNMDP)   COORDENAÇÃO DE GRUPOS DE TRABALHO   GT 011: Antropologia da ciência e da tecnologia em perspectiva: Biotecnologias, corporalidades e sociabilidades Coordenadoras: Fabíola Rohden (UFRGS), Alejandra Rosario Roca (UBA/ UNPAZ), Marina Fisher Nucci (UERJ) Sessão 01 – Discursos médicos em tensão – 05/08/2025 das 14:00 às 16:00 Sessão 02 – Tecnologias reprodutivas – 05/08/2025 das 16:30 às 18:30 Sessão 03 – Usos sociais das tecnologias e biossociabilidades – 06/08/2025 das 14:00 às 16:00 Sessão 04 – Biomedicalização e corporalidades – 06/08/2025 das 16:30 às 18:30 Sessão 05 – Saberes e mundos em disputa – 07/08/2025 das 14:00 às 16:00   GT 012: Antropologia da menstruação – feminismos, corporalidades e tecnologias Coordenadoras: Larissa Maués Pelúcio Silva (Unesp), Clarissa Reche Nunes da Costa (Unicamp) Sessão 01 – Tecnopolíticas menstruais: plataformização, vigilância, capitalismo de dados e movimentos sociais – 07/08/2025 das 16:30 às 18:30 Sessão 02 – Antropologias menstruais: corpos, parentescos e experiências de campo – 08/08/2025 das 14:00 às 16:00 Sessão 03 – Histórias, pedagogias e narrativas menstruais – 08/08/2025 das 16:30 às 18:30   GT 146: Perspectivas antropológicas sobre plataformas digitais, extrativismo de dados e inteligência artificial Coordenadoras: Carolina Parreiras (USP), Patricia Pereira Pavesi (Data Kula Lab/UFES), Cecilia Eleonora Melella (Universidad de Buenos Aires) Sessão 01 – Identidades, marcadores, subjetividades – 05/08/2025 das 14:00 às 16:00 Sessão 02 – Violências, racismo, discurso de ódio – 05/08/2025 das 16:30 às 18:30 Sessão 03 – Governança, usos e limites éticos – 06/08/2025 das 14:00 às 16:00 Sessão 04 – Inteligência artificial – 06/08/2025 das 16:30 às 18:30   APRESENTAÇÃO EM GRUPOS DE TRABALHO   GT 146: Perspectivas antropológicas sobre plataformas digitais, extrativismo de dados e inteligência artificial Sessão 02 – Violências, racismo, discurso de ódio – 05/08/2025 das 16:30 às 18:30 Carolina Parreiras (USP) – Criptografia e discurso extremo: exemplos da circulação de violências em canais e chats do Telegram   GT 107: Fluxos, fronteiras e movimentos: migrações internas/regionais e interseccionalidade Sessão 01 – Raça e/m mobilidades – 07/08/2025 das 14:00 às 16:00 Ana Clara Sousa Damásio dos Santos (UnB) – A “Migração Interna” na Antropologia da Migração (1940 a 2020): Do Aparente Desinteresse ao Mito do Abandono   GT 012: Antropologia da menstruação – feminismos, corporalidades e tecnologias Sessão 01 – Tecnopolíticas menstruais: plataformização, vigilância, capitalismo de dados e movimentos sociais – 07/08/2025 das 16:30 às 18:30 Eduarda Albrechete Motta (Universidade Estadual Paulista), Larissa Maués Pelúcio Silva (Unesp) – Vigilância, Capitalismo Tecnofisiológico e a Algoritimização da Não-Binariedade nos Menstruapps. Sessão 02 – Antropologias menstruais: corpos, parentescos e experiências de campo – 08/08/2025 das 14:00 às 16:00 Clarissa Reche Nunes da Costa (Unicamp) – A menstruação não existe: antropólogas e menstruações em campo.   OFERENCIMENTO DE OFICINA   Oficina 13: Divulgação Científica e as Ciências Sociais: estratégias e experimentações de uma produção de conhecimento plural  Sessão 01: 04/08/25 (segunda-feira), das 10h00 às 12h00 Sessão 02: 04/08/25 (segunda-feira), das 14h00 às 16h00 Coordenação: Daniela Tonelli Manica (Unicamp). Ministrantes: Ana Clara Sousa Damásio dos Santos (UnB), Gabriela da Costa Silva (Unicamp)   LANÇAMENTO DE LIVROS   Data da sessão de Lançamentos: 06/08/2025, 18h30 às 20h00 (horário a confirmar) Local: Tenda Retomar o Futuro, localizada, Universidade Federal da Bahia – Campus Ondina   Fazer-Família e Fazer-Antropologia: Uma Etnografia Dentro De Casa Autora: Ana Clara Sousa Damásio dos Santos   Justiça reprodutiva: desafios interseccionais na saúde coletiva Organizadoras: Elaine Brandão, Laura Lowenkron e Rosamaria Carneiro   Modos de fazer e contar no Labirinto: Metodologias in(ter)disciplinares, feministas e criativas Organização: Daniela Tonelli Manica; Clarissa Reche Nunes da Costa; Fernando Monteiro Camargo        

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Lançamento de livro, Todos - Atividades

É publicado o livro “WhatsApp in the World: Disinformation, Encryption, and Extreme Speech”, que conta com capítulo de Carolina Parreiras

O livro “WhatsApp in the World: Disinformation, Encryption, and Extreme Speech” foi publicado pela NYUPress e já está disponível. Organizado por Sahana Udupa, antropóloga de mídia e professora na Universidade Luís Maximiliano de Munique, na Alemanha, e Herman Wasserman, professor de Jornalismo e chefe do Departamento de Jornalismo da Universidade Stellenbosch, na África do Sul, o livro conta com um capítulo escrito por Carolina Parreira,  pesquisadora do departamento de Antropologia da USP e integrante da RAFeCT. “WhatsApp in the World: Disinformation, Encryption, and Extreme Speech” é uma coletânea com estudos de campo e visões multidisciplinares sobre o impacto global do WhatsApp. O livro analisa como a promessa de privacidade pela criptografia — o que os autores chamam de “lived encryptions” — colide com realidades como vigilância estatal, disseminação de desinformação e propaganda política, especialmente em grupos fechados. Com contribuições de especialistas e profissionais de fact‑checking, a obra investiga como este meio de comunicação instantânea molda ecossistemas de discurso extremo e desinformação em diversas regiões.  No capítulo de autoria de Carolina Parreiras, intitulado “Extreme Speech, Community Resonance, and Moralities: Ethnographic Notes on the Use of Whatsapp in Brazilian Favelas”, a autora analisa o WhatsApp como uma plataforma que ultrapassa seu uso como simples aplicativo de mensagens, tornando-se parte integrante da vida cotidiana — especialmente no Brasil, onde o app é central nas interações sociais e comerciais. O capítulo ainda aborda como essa onipresença do app permite revisitar metodologias etnográficas — configurando o WhatsApp tanto como campo de pesquisa quanto ferramenta para estabelecer intimidade com interlocutores — e levanta questões teórico‑metodológicas e éticas sobre as novas formas de intimidade e relações de pesquisa suscitadas por seu uso. Para ler o livro e o capítulo de Carolina Parreiras, você pode comprar o livro ou baixar gratuitamente a versão online acessando o site da editora.

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Eventos Acadêmicos, Todos - Atividades

Eliane Sebeika Rapchan e Catarina Casanova coordenam painel na APA 2025

O congresso da APA, a Associação Portuguesa de Antropologia, contará com o painel online “The new ontological turn: entanglements, multi-species anthropology and the end of human exceptionalism in social sciences”, coordenado por Catarina Casanova e Eliane Sebeika Rapchan, integrante da RAFeCT.  O IX Congresso da APA acontecerá de 14 a 18 de julho de 2025 no Instituto Politécnico de Viana do Castelo, na cidade de Viana do Castelo, Portugal. O encontro também contará com atividades online. Saiba mais no site do evento: https://apa2025.eventqualia.net/pt/inicio/

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Labirinto e RAFeCT promovem evento online sobre blogs e ciência

Evento online: Blogs, Ciências e Socioantropologias 🗓 Quinta-feira, 12 de Junho de 2025 🕑 18:30–20:30 (horário de Brasília) 📍 Local: link para o Google Meets   Temos o prazer de anunciar um evento online, “ Blogs, Ciências e Socioantropologias”, organizado conjuntamente pelo Labirinto (Laboratório de estudos socioantropológicos sobre tecnologias da vida, NUDECRI – Unicamp) e pela RAFeCT (Rede Latinoamericana de Antropologia Feminista das Ciências e Tecnologias). Esta mesa online reúne pesquisadores que mantêm blogs como parte de seus trabalhos de pesquisa, ensino, extensão e comunicação, e tem como objetivo discutir a utilização desta ferramenta em ambientes acadêmicos.   Por meio de apresentações rápidas (10 minutos cada), cinco palestrantes, da Unicamp e da Universidade de Toronto, compartilharão suas experiências com a manutenção de blogs e as potências e limitações do uso dessa ferramenta para auxiliar a produção de conhecimento científico.  O evento enfatizará a importância de criar e manter espaços de maior liberdade criativa para comunicação científica, bem como estratégias para editoração de blogs e para a criação, salvaguarda e recuperação da memória de grupos de pesquisa e laboratório em época de sobrecarga informacional e efemeridade das informações em redes sociais. Convidamos com alegria pesquisadores, estudantes e profissionais a se juntarem a nós neste espaço colaborativo de reflexão, compartilhamento de estratégias e aprendizado mútuo. Evento bilíngue português-inglês.   Participantes: Kim Fernandes é pesquisadora de pós-doutorado na Faculdade de Informação da Universidade de Toronto. Como pesquisadora, escritora e educadora, sua obra recente situa-se nas interseções entre deficiência, dados e tecnologia. Editora-chefe da Platypus, um blog interdisciplinar na CASTAC. Ana Arnt é professora de Biologia, Livre Docente no Departamento de Genética, Evolução, Microbiologia e Imunologia, do Instituto de Biologia da Unicamp. Coordena o Blogs de Ciência da Unicamp, é nerd, feminista e pesquisa sobre como a genética fala sobre seres humanos em diversos espaços de produção do conhecimento científico. Thais Lassali é divulgadora científica e doutora em Antropologia Social pela UNICAMP. Dentre seus interesses estão os estudos de internet, digitais e sobre novas mídias. Atualmente, é editora-chefe do Blog do GEICT. Pedro P. Ferreira é docente do Departamento de Sociologia do IFCH/Unicamp e coordenador do Laboratório de Sociologia dos Processos de Associação (LaSPA), onde mantém um blog. Clarissa Reche é doutora em Ciências Sociais (IFCH-Unicamp), designer e bolsista em jornalismo científico (FAPESP). Trabalha na fronteira entre arte e ciência, dialogando com teorias feministas, decoloniais e anticapitalistas. Editora no blog do Labirinto e da RAFeCT.

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Confira as últimas atividades das integrantes da RAFeCT (2a. semana de Junho, 2025)

Confira abaixo as últimas atividades das integrantes da RAFeCT! Taller Teórico “Antropología e interseccionalidades”, por Dra. Luciene Dias (12 de junio – 3 de julio) Publicación del libro “Aborto y misoprostol. Historia de una pastilla” de Natacha Mateo Conheça a disciplina “Antropologia da ciência”, oferecida pela prof. Dra. Soraya Fleischer no PPGAS da UnB Débora Allebrandt participa do II Colóquio da Rede Anthera com atividades sobre tecnologias e políticas reprodutivas 33rd International Association for Feminist Economics (IAFFE) Annual Conference terá a participação de Catarina Morawska ESOCITE e ANPOCS estão com inscrições abertas para apresentação de trabalhos! Confira os GTs coordenados por pesquisadoras da RAFeCT 11 de junho de 2025  

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Eventos Acadêmicos, Todos - Atividades

ESOCITE e ANPOCS estão com inscrições abertas para apresentação de trabalhos! Confira os GTs coordenados por pesquisadoras da RAFeCT.

No segundo semestre de 2025 teremos uma série de eventos acadêmicos que interessam ao nosso campo, como a RAM (04 a 08 de Agosto, UFBA, Salvador, BA), a ESOCITE.BR (17 a 19 de setembro, UFPA, Belém, PA), a REaCT (6 a 10 de outubro, UERJ, Rio de Janeiro, RJ), e a ANPOCS (15 a 24 de outubro, UNICAMP, Campinas, SP). A ESOCITE e a ANPOCS estão com inscrições abertas para apresentação de trabalhos. Confira abaixo os GTs coordenados por pesquisadoras da RAFeCT.   ESOCITE.BR, inscrição pelo site do encontro até dia 23/06   GT02 – A Indissocialidade Entre Ensino, Pesquisa e Extensão: desafios e experiências na Amazônia Coordenadoras: Lana Claudia Macedo da Silva (Universidade do Estado do Pará), Rachel de Oliveira Abreu (UEPA), Daniela Tonelli Manica (Labjor / Unicamp) O Objetivo deste Grupo Temático é fomentar discussões e arregimentar estudos, teóricos e/ou empíricos, que versem sobre propostas pautadas nas aproximações e interfaces entre o fazer pedagógico, o científico e práticas extensionistas, estimulando a apresentação de experiências em andamento ou finalizadas. Desde a década de 1960, a indissociabilidade dessas atividades constitui-se tema de destaque a partir da organização dos movimentos estudantis, passando pela reorganização dos movimentos sociais dos anos de 1970. Como resultado da luta de professores, estudantes e setores progressistas da sociedade civil, a extensão foi incluída dentre as demais atividades-fim das universidades no artigo 207 da Constituição Federal de 1988. O PIBID, enquanto programa de formação inicial de professores, deve ser concebido de forma a incluir não apenas práticas pedagógicas, mas também reflexões teóricas que dialoguem com a pesquisa acadêmica e com as necessidades das comunidades atendidas, para assim alcançar de fato a extensão, que muitas vezes é vista erroneamente como uma atividade secundária em relação ao ensino e à pesquisa. São bem vindos trabalhos nas áreas da antropologia, sociologia e educação acerca do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Estágio curricular e Extensão Universitária, que apresentem os desafios enfrentados, problematizem e sistematizem as experiências desenvolvidas. Privilegiamos trabalhos que discutam os principais desafios enfrentados nas experiências de curricularização da extensão e de implementação desse preceito constitucional, como por exemplo: a dificuldade em integrar efetivamente ensino, pesquisa e extensão de maneira que cada um desses elementos complemente e fortaleça os outros; as experiências de levar a teoria para a prática, desenvolvendo projetos de pesquisa que respondam a demandas sociais concretas; dificuldades e problemas no envolvimento de alunos e professores em projetos de extensão como campo de pesquisa e de formação docente; violências e preconceitos enfrentados por bolsistas e pesquisadores em suas experiências de diálogo entre o conhecimento acadêmico e suas ações para fora da universidade.   GT12 – Estudos para a internet: teoria, métodos e ética Coordenadoras e debatedoras: Carolina Parreiras (USP), Lorena Mochel (UFRRJ) Este GT tem como objetivo promover, a partir de uma visão interdisciplinar, a intersecção entre o campo dos estudos para a internet (Hine, 2015) e dos estudos de ciência, tecnologia e sociedade, buscando trabalhos que se proponham a discutir questões em torno da internet e dos processos de digitalização. Neste sentido, parte de uma perspectiva sociotécnica, com interesse tanto nos usos da internet e das tecnologias digitais quanto nos modos de desenvolvimento destas tecnologias, em suas bases técnicas. Assim, em um momento em que muito se fala sobre plataformização e datificação da vida, este GT propõe uma visão crítica que busca entendimentos mais detidos destes processos, especialmente a partir de um olhar sensível aos contextos políticos e econômicos mais amplos. Do mesmo modo, está interessado tanto em trabalhos que tragam discussões baseadas em pesquisas empíricas quanto em reflexões teóricas e metodológicas – etnografia, mixed methods, métodos digitais, web scraping, mining etc – mais gerais. A partir de análises sobre usos cotidianos do digital, interessa-nos combinações com abordagens socioantropológicas que envolvam um olhar para diferenças raciais, de gênero, classe e outros marcadores sociais que moldam esses usos. O GT busca, ainda, promover diálogos com pesquisas atentas às questões éticas que envolvem a circulação de imagens e sons digitais no trabalho de campo, considerando riscos e contingências envolvidas na posicionalidade de quem pesquisa. Consideramos bem-vindas contribuições sobre estratégias de enfrentamento às desigualdades sociais, cujas abordagens conjuntas sobre violências ocasionadas por performances algorítmicas que movimentam políticas excludentes nas redes possam ampliar olhares sobre reconfigurações da intimidade, da memória e dos projetos de futuro na vida plataformizada.   ——–   ANPOCS, inscrições pelo site do encontro até dia 24/06   GT61. Pesquisa social com mídias e plataformas digitais: desafios teóricos, éticos e metodológicos (Grupo de trabalho presencial) Coordenadoras: Lara Roberta Rodrigues Facioli (UFPR), Carolina Parreiras (Universidade de São Paulo) Este GT fomenta reflexões sobre os desafios da pesquisa social envolvendo mídias e plataformas digitais, no campo das Ciências Sociais. Propomos discutir as implicações teórico-metodológicas do trabalho com dados digitais, incluindo possibilidades de investigação com uso de big data, etnografia digital, observações em rede, análise de redes e técnicas mistas, digital methods, além dos dilemas éticos envolvidos em pesquisas em/com ambientes digitais, tais como privacidade, consentimento e vigilância. Outro eixo é o exame das dinâmicas socioculturais mediadas pelas tecnologias digitais, como a formação de comunidades online, movimentos sociais digitais, disseminação de desinformação, plataformização e datificação e o impacto de ferramentas de inteligência artificial na produção e circulação de conteúdo. O GT também visa debater as desigualdades no ambiente digital, exclusão algorítmica, discurso de ódio e assimetrias de acesso, articulando perspectivas da Antropologia, da Sociologia e de áreas afins. Ao fomentar este diálogo, pretendemos consolidar redes de colaboração e refletir sobre abordagens teórico-metodológicas inovadoras para o estudo das mídias e plataformas digitais.

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Eventos Acadêmicos, Todos - Atividades

33rd International Association for Feminist Economics (IAFFE) Annual Conference terá a participação de Catarina Morawska

Dias 20 a 21 de junho (virtualmente) e do dia 3 a 5 de julho (presencialmente na University of Amherst Massachusetts, USA) acontecerá a 33rd International Association for Feminist Economics (IAFFE) Annual Conference. A conferência abordará os seguintes tópicos: economia solidária e feminista: mercados de trabalho e emprego; macroeconomia feminista; economia do cuidado, trabalho não remunerado e uso do tempo; terra, agricultura e desenvolvimento rural; igualdade, pobreza e justiça; ideias LGBTQ+ e econômicas; crises climáticas e economia feminista; teoria econômica feminista; economia feminista, política, advocacy. Catarina Morawska, professora associada do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de São Carlos (PPGAS/UFSCar),  coordenadora do Laboratório de Experimentações Etnográficas (LE-E) e integrante da RAfeCT, estará presente na conferência, apresentando um trabalho no painel  Gendering the Debt Crisis.  Saiba mais sobre no site da conferência. 

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Eventos Acadêmicos, Todos - Atividades

Débora Allebrandt participa do II Colóquio da Rede Anthera com atividades sobre tecnologias e políticas reprodutivas

Durante os dias 23 a 25 de junho, Débora Allebrandt  irá participar do II Colóquio da Rede Anthera, a Rede Internacional de Pesquisa sobre Família e Parentesco. O encontro irá acontecer de forma exclusivamente em formato presencial, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A pesquisadora estará presente nas seguintes atividades:   Mesa-redonda 1, 23/06 – 10 às 12h – Direitos sexuais e reprodutivos e maternidades – Anna Paula Uziel (UERJ) – Débora Allebrandt (UFAL) – Janaina Gentilli (REMA) – Martha Ramírez-Gálvez (UEL) – Sabrina Finamori (UFMG)   Simpósio temático: Gênero, gravidez e parto: tecnologias e políticas reprodutivas Coordenação: Débora Allebrandt (UFAL) e Stephania Klujzsa (UFF) Para mais informações sobre o evento e as atividades, confira a página do colóquio.

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